2. Representação Gráfica dos Dados

Representar dados em gráficos torna mais fácil observar tendências, identificar valores extremos e comparar categorias ou intervalos. A seguir, apresentamos os tipos de gráficos mais comuns em estatística aplicada ao meio ambiente.
2.1. Gráfico de Colunas (ou Barras Verticais)
Utiliza barras verticais para representar frequências (quantidade de ocorrências) ou valores absolutos.[br][br][b]Usos comuns no meio ambiente:[/b][list][*]Quantidade mensal de resíduos coletados.[/*][*]Número de focos de incêndio por município.[/*][*]Volume de água disponível em diferentes reservatórios.[/*][/list][b]Vantagem:[/b] fácil comparação entre categorias.
No exemplo a seguir, vamos usar um conjunto de dados fictícios (quantidade de resíduos coletados por bairro em toneladas):
2.2. Gráfico de Barras Horizontais
Similar ao gráfico de colunas, porém com barras na horizontal.[br][br][b]Exemplo:[/b] comparar níveis de emissão de poluentes entre diferentes indústrias.[br][b]Vantagem:[/b] melhor quando os nomes das categorias são extensos.
2.3. Gráfico de Setores (ou Pizza)
Mostra a proporção de cada categoria em relação ao total.[br][br][b]Exemplos ambientais:[/b][br][list][*]Percentual de tipos de resíduos (orgânico, plástico, metal, vidro, papel).[br][/*][*]Distribuição percentual de uso do solo (agricultura, mata nativa, área urbana, pastagem).[br][/*][/list][b]Vantagem:[/b] mostra participação relativa de cada parte.
2.4. Histograma
Usado para dados [b]contínuos[/b] organizados em [b]classes[/b] (intervalos).[br][br]As barras são juntas, sem espaçamento, indicando continuidade.[br][br][b]Exemplos ambientais:[/b][br][list][*]Distribuição de temperatura ao longo de um mês.[br][/*][*]Leitura de níveis de turbidez da água.[/*][*]Medições de velocidade do vento.[/*][/list][b]Vantagem:[/b] mostra como os valores se distribuem ao longo de intervalos.
[b]Exemplo Ambiental para Histograma[br][/b][br][b]Tema:[/b] Quantidade de resíduos (kg) coletados por 30 domicílios em um bairro.[br]Imagine que um técnico em Meio Ambiente realizou uma [b]pesquisa de geração de resíduos sólidos domiciliares[/b] em um bairro urbano.[br][br]Ele pesou a quantidade de resíduos gerados em um único dia em [b]30 residências[/b].
O histograma a seguir mostra a distribuição da quantidade de resíduos domiciliares coletados em um bairro.[br]Ele permite identificar se a geração de resíduos é baixa, moderada ou alta, ajudando no planejamento da coleta, dimensionamento de contêineres e avaliação de impactos ambientais.
Algumas afirmações que feitas a partir dessa representação (histograma):[br][br][list][*]A maior parte das residências gera [b]entre 1,0 e 2,5 kg/dia[/b].[/*][*]Poucas residências ultrapassam [b]3 kg/dia[/b], mas elas podem ser importantes para estudos de geração por comércio ou casas com muitas pessoas.[/*][*]A distribuição ajuda a estimar a [b]média[/b], [b]mediana[/b] e a [b]variabilidade[/b], essenciais para o estudo de resíduos sólidos.[/*][/list]
2.5. Polígono de Frequência
É construído ligando os pontos médios das classes de um histograma por segmentos de reta.[br][br][b]Usos:[/b][list][*]Comparar distribuições entre dois conjuntos de dados (por exemplo, dois meses diferentes de medição da qualidade da água).[/*][*]Visualizar tendências.[/*][/list]
No exemplo a seguir, temos a comparação da coleta de resíduos realizada em dois bairros diferentes.
A comparação entre os dois polígonos de frequência permite observar como os valores de resíduos se distribuem em cada conjunto de dados. Pela forma das curvas, é possível identificar diferenças na concentração dos valores: se uma delas apresenta um pico mais alto em determinada classe, isso indica que aquela faixa de resíduos ocorreu com mais frequência. Caso o pico do segundo polígono esteja deslocado para classes maiores ou menores, isso sugere aumento ou redução na geração de resíduos entre as duas amostras.[br][br]Além disso, diferenças na largura e na suavidade das curvas mostram variações na dispersão dos valores — distribuições mais regulares indicam estabilidade, enquanto mudanças bruscas entre classes podem apontar para variações pontuais no processo de geração ou coleta de resíduos. Dessa forma, a comparação dos polígonos auxilia na identificação de padrões, tendências e possíveis mudanças no comportamento ambiental analisado.
2.6. Gráfico de Linhas
Mostra como um valor varia ao longo do tempo.[br][br][b]Exemplos:[/b][list][*]Variação diária da temperatura.[/*][*]Evolução mensal da quantidade de chuva.[/*][*]Monitoramento contínuo da qualidade do ar.[/*][/list][b]Vantagem:[/b] excelente para séries temporais.
No exemplo a seguir, temos dados fictícios da geração mensal de resíduos de um determinado bairro.
O gráfico de linhas apresentado mostra a variação mensal do volume de resíduos sólidos urbanos coletados ao longo de um ano. Cada ponto representa a quantidade de resíduos registrada em determinado mês, e os segmentos que ligam esses pontos permitem visualizar a tendência geral do comportamento dos dados.[br][br]Observa-se que, nos primeiros meses, ocorre um aumento gradual da quantidade de resíduos coletados, atingindo valores mais elevados no meio do ano. A partir desse pico, percebe-se uma redução progressiva até o final do período analisado. Esse tipo de gráfico é útil para identificar padrões sazonais, períodos de maior geração de resíduos e possíveis variações associadas a atividades humanas, clima ou dinâmica urbana. Assim, o gráfico de linhas oferece uma visão clara da evolução temporal dos resíduos, apoiando decisões relacionadas ao planejamento ambiental e à gestão de coleta.

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