8.2 Garrafa de Klein

[justify][size=85]Felix Klein e sua garrafa. Fontes: [url=https://goo.gl/oX4Mcw]https://goo.gl/oX4Mcw[/url] e [url=https://goo.gl/NkmUkD]https://goo.gl/NkmUkD[/url]. Acesso em: 31 mai. 2017.[/size][/justify]
[justify][size=100]Felix Klein nasceu em Düsseldorf em 1849. Estudou em Bonn, Göttingen e Berlim. Como professor, sua primeira experiência foi na Universidade de Erlanger (1872-1875), onde em seu trabalho inaugural lançou o [i]Programa de Erlanger[/i], com uma nova definição de geometria. Depois ensinou em Munique, Universidade de Lipzig (1880-1886) e Universidade de Göttingen (1886-1913), exercendo as funções de chefe de departamento nesta útlima instituição. Foi editor de Mathematische Annalen e fundador da grande Encyklopädie matemática. Foi um expostiro lúdico, um professor inspirado e um conferencista de talento. Morreu em Göttingen em 1925. (EVES, 2008, p. 67)[br][br]A garrafa de Klein possui apenas uma superfície e nenhuma borda.[br][br]A rima popular abaixo escrita por um desconhecido, porém sólida em sua base matemática, explica claramente a relação entre a tira de Möbius e a garrafa de Klein:[br][br][i]Um matemático chamado Klein[/i][br][br][i]Achava divina a tira de Möbius*.[/i][br][br][i]Disse ele, “se você cola[/i][br][br][i]As bordas de duas,[/i][br][br][i]Você consegue uma garrafa[/i][br][br][i]estranha igual à minha”.[/i][br][br]Essa garrafa curiosa possui um lado interno, mas nenhum externo; ela atravessa a si própria. Não tem capacidade de armazenar qualquer líquido; se lançássemos líquido sobre ela, ele sairia pelo mesmo buraco. A garrafa foi criada em 1882, pelo matemático alemão Felix Klein (1849-1925). Ele disse certa vez: “Os maiores matemáticos, como Arquimedes, Newton e Gauss, sempre uniram teoria e aplicações na mesma medida”. Sua garrafa estranha segue essa particularidade dos grandes matemáticos. (VERMA, 2013, p. 110)[br] [br]*Uma tira de Möbius é uma curva contínua que possui apenas uma superfície e uma borda. (VERMA, 2013, p. 108)[br][br]O programa de Klein descrevia a geometria como o estudo das propriedades das figuras que permanecem invariantes sob um particular grupo de transformações. Portanto toda classificação de grupos de transformações torna-se uma codificação das geometrias. (BOYER, 1996, p. 379)[br][br]No entanto, nem toda a obra de Klein se refere a grupos. Sua clássica história da matemática no século dezenove (publicada postumamente) mostra como ele conhecia todos os aspectos do assunto; seu nome é também lembrado hoje na topologia na superfície de uma face chamada garrafa de Klein. (...) Ocupava-se muito de geometria não-euclidiana, à qual contribuiu com os nomes “geometria elíptica” e “geometria hiperbólica”. (BOYER, 1996, p. 380)[br][br]Desde monge não existira professor tão influente, pois além de dar aulas entusiasmantes Klein se preocupava com o ensino de matemática em muitos níveis e exerceu forte influência em círculos pedagógicos. (BOYER, 1996, p. 381)[/size][/justify]
Referências
[size=100]BOYER, Carl B. [b]Historia da matematica. [/b]2. ed. São Paulo: E. Blucher, 1996.[br][br]EVES, Howard Whitley. [b]Introdução à história da matemática. [/b]São Paulo: Ed. da UNICAMP, 2008.[br][br]VERMA, Surendra. [b]Ideias geniais na matemática[/b] – maravilhas, curiosidades, enigmas e soluções da mais fascinante das ciências. São Paulo: Gutenberg, 2013.[/size]

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